Como se inscrever?


Depois de decidir quais universidades são as melhores para o seu perfil, é preciso ver exatamente quais os documentos que devem ser enviados para cada uma delas. Esta parte do processo também é um pouco desgastante, já que a quantidade de informações e o “formato” que elas são passadas dependem de cada instituição. Geralmente é necessário apresentar uma série de documentos que vão desde os seus dados pessoais até as notas do seu curso de graduação (tudo devidamente traduzido para o inglês por um tradutor especializado).
Oxford em uma sexta-feira qualquer...
  
Alguns documentos necessários e algumas dicas nossas estão abaixo:

- Testes de inglês: Todas as universidades apresentam no site a nota mínima necessária para ser admitido em cada curso, então vale a pena fazer o teste bem cedo, se possível até uns oito meses antes de mandar os documentos (veja a nossa seção de datas), para que, caso necessário, seja possível refazer o teste. Os testes mais aceitos são o TOEFL (Test of English as a Foreign Language) e o IELTS (International English Language Testing System), sendo que ambos podem ser prestados no Brasil por instituições credenciadas.Vale a pena lembrar também que ter uma nota muito maior que a necessária não garante que você será aceito com mais facilidade do que se tiver uma nota pouco acima do esperado.

- Histórico escolar: Todas as universidades pedem que você envie todas as suas notas do curso de graduação e ainda pedem que as apresente em um formato reconhecido por eles (se sua universidade gradua os alunos que passaram com A, B ou C, por exemplo, talvez seja aconselhável apresentar esses resultados de uma forma mais fácil para eles entenderem, como apresentar sua nota final com uma porcentagem). Além disso, é necessário traduzir tudo para o inglês com um tradutor juramentado. As universidades brasileiras, normalmente, estão preparadas para oferecer esse documento, além de um relatório comprovando a sua graduação.

Efeito universíadas!

- Carta de recomendação: Com certeza esse ponto foi um dos que nos deu mais dor de cabeça. As universidades normalmente pedem para que cada candidato selecione alguns professores para comentar, de forma breve, o comportmento do aluno em classe e, de modo geral, como ele se saiu academicamente (recomendações de chefes ou companheiros de trabalho também são válidas, mas normalmente eles preferem experiências acadêmicas). 

O que torna tudo um pouco difícil, além do constrangimento de ir buscar os professores, é o modo como isso tem que ser feito. Além de que, na maioria das vezes, a carta ter que ser uma proclamação de como o aluno é bom (mesmo que muitas vezes isso não seja verdade), as universidades morrem de medo que esses documentos sejam forjados ou alterados. Sendo assim, para escrevê-las é preciso que o candidato leia muito bem as regras, observando se é necessário que o professor redija à mão, se precisa ser em um papel timbrado, entre outros. As universidades, porém, seguem a mesma regra no que diz respeito ao fechamento do envelope. A orientação mais comum é que a carta seja colocada dentro de um envelope com a assinatura dele no lacre, impedindo que você altere a carta depois dele escrever. Lembre-se, portanto, de prestar atenção nas regras de cada universidade antes de conversar com o seu professor, para que não seja necessário incomodá-lo mais de uma vez.

Então, psor, faltou o carimbo na terceira página e...

- Personal statement (ou carta de intenção): Muitos afirmam (corretamente?) que a diferença entre ser aceito ou não está na qualidade do personal statement. Esse documento, basicamente, serve pra você provar para a instituição que você, apesar das notas, pode ser um bom aluno. As características da carta dependem de cada universidade, mas normalmente é esperado que você fale um pouco da sua história, dos cursos e estágios que fez, dos empregos que teve e porque pretende fazer aquele mestrado específico e, se possível, por que escolheu aquela faculdade. Resumidamente, é o momento de explicar porque você é melhor do que os outros, reforçando aquilo que os professores (e sua mãe) já haviam falado antes. Vale muito a pena procurar exemplos de personal statements na internet ou com conhecidos, para saber um pouco sobre como essas cartas são normalmente feitas.

- Cópias de certificados: Junto com todo o resto será necessário mandar cópias dos certificados dos cursos que você prestou, desde o seu diploma da faculdade até o da sua escola, passando pelo curso de malabarismo que você fez quando era pequeno. Todas as cópias, naturalmente, terão que ser autenticadas e, as vezes, traduzidas.
E o papai falou que isso não seria útil...

Por fim, é bom lembrar que muitas universidades esperam que você envie tudo por carta, mesmo oferecendo a opção de enviar eletronicamente, por e-mail ou pelos sites. Isso pode acabar ficando caro, já que a quantidade de papéis faz com que o envelope fique pesado e a Inglaterra, ao contrário da África do Sul, não está logo ali.

Depois de tudo ser enviado vem o momento de suar frio e esperar pelo fim do processo seletivo.